É Urgente o Amor | 2024
Curated by: Lígia Afonso
DUO Show | Bartolomeu Gusmão
Shown in CAPC-SEDE
‘As Pessoas Já Não Gostam de Àrvores’ instalation view, CAPC SEDE, 2024
©Jorge das Neves. Photos courtesy of Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC).
Exhibition Views
Já se perdeu o jogo demasiadas vezes (I), 2024
Acrilic on suspended canvas
350 x 150 cm
Já se perdeu o jogo demasiadas vezes (II), 2024
Acrilic on suspended canvas
350 x 150 cm
Já se perdeu o jogo demasiadas vezes (III), 2024
Acrilic on suspended canvas
350 x 150 cm
‘As Pessoas Já Não Gostam de Àrvores’ instalation view, CAPC SEDE, 2024
©Jorge das Neves. Photos courtesy of Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC).
Já se perdeu o jogo demasiadas vezes (I-III), 2024
Acrilic on suspended canvas
” (…) The law in question allowed any and all citizens to insult jesters, to beat them, and even—if they were so inclined—to kill them, without risking trial or condemnation. I hasten to assure you that this law is no longer in force, so I can safely continue.” (Fo, 1997)
It seems possible to identify a trend towards regulating what may or may not be permissible in a comedian’s expression—and, by extension, that of the artist. Just as Plato believed that art possessed a powerful educational force, he also argued that it should be limited to themes he deemed noble. This act denotes a clear desire for censorship. This censorship of criticism against the status quo is a common practice in the history of art and comedy.
Thus, we propose an exhibition that opposes these limiting manifestations. In a contemporary context of severe cultural division, “??” dives into the depths of the erotic and love, seeking to broaden perspectives on what we accept as “community.”
This results in a scenographic exhibition of large-format paintings, where connections are made between love, community, and nature. Let us celebrate Carnival and beauty, as they are instruments that keep us wary of political, social, and historical metanarratives.
“ (…) The law in question allowed any and all citizens to insult jesters, to beat them and even – if they were in that mood – to kill them, without running any risk of being brought to trial and condemned. I hasten to assure you that this law no longer is in vigour, so I can safely continue.” (Fo, 1997)
Parece-nos ser possível identificar uma tendência para regulamentar o que poderá, ou não ser admissível na expressão do comediante; e por extensão do artista. Assim como Platão, acreditava que a arte possuía uma poderosa força educativa, também ele defendia que a arte deveria ser limitada aos temas que o próprio ditava como nobres. Este ato denota uma clara vontade de censura. Esta censura da critica ao status quo é uma prática comum na história da arte e da comédia.
Propomos assim, uma exposição que se opõe a esta manifestações limitadoras. Num contexto contemporâneo de grave divisão cultural, “ As Pessoas Já Não Gostam de Àrvores ” mergulha nas profundezas do erótico e do amor, procurando multiplicar perspetivas sobre o que aceitamos como “comunidade”.
Surge assim uma exposição cenográfica de pinturas em grande formato, onde se criam ligação entre o amor, a comunidade e a natureza. Celebremos o Carnaval e o belo, pois são instrumentos que nos mantêm desconfiados de metanarrativas políticas, sociais e históricas.